Eu não sei nada ou quase nada
Mas estou sempre de antena ligada
Ouço,observo,leio e releio
Ao passo que acabo sabendo um pouquinho de tudo
Apenas observando o que observo
E escutando o que escuto
Meditando embaixo da figueira do Seu Donato
Vi algo inusitado
A trotes largos e um jeitão de faceiro
Um cão solitário,madrugueiro
Passou sem nenhum som emitir
Apenas gozando sua liberdade
E a rua toda começou a latir
Eram os encarcerados que estavam indignados
Com tamanha barbaridade
Das duas uma,gritaram:
- Ah seu ''fela'' de uma cadela,vai indo!
- Nojento,vou avisar o teu dono!
- Sai fora,aqui quem manda é ''nóe''!
- ''Cãomunista'', fora da lei!
Ou:
- É isso ai,nos representa ai irmão,liberdade!
- Não te curva,segue na luta!
- Vamo faze barulho ai gente!
- A luta continua,liberdade pros cães!
Optei pela primeira opção
Pois acredito que o ser humano infelizmente passou pro cão
Também as coisas ruins que traz no coração
O cão sem saber se é certo ou não
Imita do dono a ação
O que eles gritaram pro cão solitário
Eu jamais saberei
Mas sei que o cão não foi otário
Não caiu na conversa de ninguém e o seu exemplo seguirei
O que fica dessa inusitada história?
Aquele que tem a liberdade dentro de si
Pode e deve sempre andar por ai
Com a cabeça erguida
Sem dar ouvidos aos que criticam o seu estilo de vida
Ps: Não compre!Adote!!!
- Matheus Valente 06/05/2015 18:20
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